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Especialistas apontam mercado imobiliário como a bola da vez entre os investimentos

Postada em 17/07/2020 às 14:22:57
Especialistas apontam mercado imobiliário como a bola da vez entre os investimentos

Taxas de juros mais baixas e propostas atrativas de financiamento movimentam o setor, que espera retomada neste segundo semestre


Junho foi um mês marcado pelo otimismo no mercado imobiliário. Taxas de juros mais baixas,
propostas atrativas de financiamento e prestações abundantes agitaram o setor, que espera um balanço
positivo para 2020 mesmo com a crise causada pelo novo coronavírus. Álvaro Coelho da Fonseca,
presidente da Coelho da Fonseca, ressalta que a expectativa positiva vale para todos os seguimentos.


"Seja alta ou baixa renda, praia ou campo, primeiro ou segundo apartamento, há um interesse muito
grande em investir em imóvel. Dadas as boas condições mercadológicas, esse é o momento", apostou o
empresário, durante a live De Olho no Mercado Imobiliário na Pandemia, realizada pelo Estadão
Imóveis, na quinta-feira, 9 de julho.


Antonio Setin, presidente da Setin Incorporadora, destacou que a queda nas taxas de juros sempre
valorizam os ativos imobiliários. "Na prática, estamos vivendo uma fase de juros quase negativos,
considerando inflação e imposto de renda. Por isso, o mercado imobiliário é a bola da vez entre os
investimentos e continuará sendo no pós-pandemia", disse o empresário.


Além das condições econômicas favoráveis, o próprio contexto do distanciamento social foi responsável
por esse aquecimento no mercado imobiliário. Passando mais tempo em casa, as pessoas começaram a observar mais de perto seus espaços e, com isso, têm buscado melhorias de infraestrutura e bem-estar.


"A casa virou a solução neste momento de crise. Para se defender da ameaça do vírus, a saída foi passar
mais tempo no imóvel. E, assim, surge a necessidade de dar um upgrade no jeito de morar", opinou
Setin.


Desafios


Mesmo com o mercado aquecido, especialistas do setor destacam alguns dos desafios a serem
enfrentados para os próximos anos. Um deles é a burocracia imposta pelo estado para a construção de
novos empreendimentos. "Na construção civil, por exemplo, é muito complexo. Há muita carga
tributária escondida por trás de produtos. E quem acaba sofrendo com isso é o consumidor final,
porque esse custo é repassado para ele", explicou Setin. "É preciso também ter mais fluidez e velocidade
nos processos de licenciamento. Hoje, até coisas simples, como protocolar um projeto, é extremamente
complicado."


O arquiteto e urbanista Julio Neves ressaltou ainda que o novo plano diretor, previsto para o próximo
ano, deve levar em conta esse crescimento do mercado imobiliário e trazer propostas de mudança
inteligentes. "Acredito que o momento de crise serviu para repensar muita coisa daqui por diante. Isso
vale para as propostas para o urbanismo. Precisamos de projetos mais adequados para atender essa
demanda crescente do mercado imobiliário", afirmou Neves. "É preciso levar em conta a
disponibilização dos espaços, o planejamento, o zoneamento e os deslocamentos da população."

Fonte: Media Lab Estadão

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